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10. ANÁLISE COMPARATIVA DO IMPACTO ECONÓMICO DE SERRALVES
No âmbito do presente estudo, organizámos uma base bibliográfica com estudos de impacto económico
de museus de arte e festivais, e outros eventos culturais. Neste capítulo, fazemos uma análise comparativa de
Serralves com a informação constante desses estudos. Em particular, comparamos o impacto económico de
Serralves com museus com âmbito de intervenção e magnitude idênticos.
Um trabalho interessante do ponto de vista da análise comparativa é o estudo La dimensión económica
de las artes visuales en España (2006), em particular o capítulo “El impacto de los museos de arte
contemporáneo a nivel urbano”, realizado para museus espanhóis de arte contemporânea. Como se pode
observar na tabela 10.1, o estudo diz respeito ao ano 2003. Estão aqui incluídos museus com um número de
visitantes próximo do número de visitantes de Serralves, como é o caso do MACBA em Barcelona, do Museo
Picasso em Málaga e da Fundación César Manrique. Os museus Reina Sofía e Guggenheim de Bilbau têm uma
magnitude bem superior. Os restantes museus têm um número de visitantes muito inferior a Serralves.
Tabela 10.1. Visitantes, receitas totais e financiamento público – museus de arte contemporânea em Espanha
Nome do Museu Ano da
análise Visitantes Total de
receitas
Total de
subsídios
ARTIUM, CentroIMuseo Vasco de Arte Contemporáneo 2003 75.800 1.033.326,00 3.372.619
Fundación César Manrique 2003 306.769 3.130.090,29 34.330
Museo Guggenheim Bilbao 2003 874.807 7.172.122,00 0,00
IVAM – Institut Valencià d’Art Modern 2003 220.242 2.663.282,68 8.926.447
MACBA – Museu d’Art Contemporani de Barcelona 2003 386.086 2.268.659,63 4.912.214
MNCARS – Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía 2003 1.444.300 2.921.690,14 14.609.838
Museo de Arte Abstracto Español 2003 34.256 n.d. n.d.
Museo Patio Herreriano 2003 46.803 344.282,00 851.593
Museo Picasso, Málaga 2003 402.000 n.d. n.d.
Na tabela 10.2. apresentamos um conjunto de indicadores para os mesmos museus: gastos correntes e
investimento por visitante, subsídios públicos por visitante e receitas correntes por visitante. Calculámos estes
indicadores para Serralves em 2003 e comparámoIlos com os mesmos indicadores para os três museus de
magnitude idêntica em número de visitantes. Consideramos, também, o Museo Reina Sofía e o Guggenheim de
Bilbau na análise (ver tabela 10.3).
Conforme decorre da comparação, Serralves tem um nível de financiamento público por visitante
semelhante ao obtido pelo Museo Reina Sofía e pelo MACBA. Em 2003, as receitas correntes por visitante em