023 Aromáticas. A breve trecho, concluir-se-ão também os projetos de requalificação dos jardins contemporâneos na envolvência do Museu e da Ala Álvaro Siza, a recuperação do Parterre Lateral, dos Jogos de Água do Parterre Central, do Jardim do Relógio de Sol e da célebre Casa de Chá. A recente reinstalação da emblemática Fonte Jacques Gréber, que regressou à sua origem depois de décadas, representou um momento de grande relevância para a Fundação. Este marco simboliza não só o compromisso contínuo com a preservação e valorização do legado histórico de Serralves, mas também a concretização da visão original de Gréber para este espaço único, reforçando a identidade do Parque como um testemunho vivo de excelência patrimonial e cultural, e conferindo uma nova centralidade à área sul de Serralves. A Casa dos Jardineiros, projeto do arquiteto Álvaro Siza, inaugurada em 2021, é um espaço dedicado à equipa de jardineiros que diariamente cuida do Parque, que serve também de base a programas educativos no âmbito dos materiais e técnicas usados nas práticas agrícolas. Em 2019, nasceu a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (CCMO), um espaço destinado a acolher o arquivo Manoel de Oliveira depositado em Serralves a longo prazo, abrindo uma nova área estratégica na missão da Fundação. Decorridos apenas cinco anos da sua inauguração, a CCMO é já uma referência nacional e internacional no estudo do Cinema e, em particular, do cinema de Oliveira, através de uma extensa programação de exposições permanentes e temporárias – em Serralves e fora de portas, no país e no estrangeiro –, de ciclos de cinema, de conversas e conferências, e da edição de publicações, que também aprofundam o diálogo entre o cinema e outras expressões artísticas. A preservação e a disponibilização do vasto espólio documental de Oliveira ─ um dos mais importantes cineastas da história do cinema ─ constituem outro pilar essencial da atividade desta Casa, que se propõe a tornar o cinema de Oliveira acessível a diferentes públicos e às novas gerações. Entre a vasta programação ao longo dos primeiros anos da Casa do Cinema, é de destacar o importante ciclo de exposições anuais Manoel de Oliveira e o Cinema Português, a exposição Manoel de Oliveira, fotógrafo – que também viajou para outros lugares, dentro e fora do país – a inédita exposição da obra plástica de Jean-Luc Godard e a mostra dedicada a Agnès Varda, iniciativas que mostram pontos de convergência entre o cinema de Oliveira e outros reputados realizadores, e ainda exemplos que provam que a obra de Oliveira se interliga com outras artes, como foi visível na exposição dedicada à longa parceria artística entre o cineasta e Agustina Bessa-Luís. A forte e premiada dimensão editorial da CCMO – que apresenta edições dedicadas a todas as exposições realizadas e vários volumes da chamada Coleção da Casa do Cinema – culmina com a publicação do Catálogo Raisonné Manoel de Oliveira, em dezembro de 2024, em parceria com a Cinemateca Portuguesa, um marco histórico não apenas para a obra de Oliveira, mas também para o cinema português. A Ala Álvaro Siza, inaugurada em 2023, é um dos marcos mais relevantes destes últimos nove anos e da história da própria Fundação, refletindo o compromisso contínuo com a excelência e expansão da sua missão. Integrada harmoniosamente na paisagem do Parque, simboliza o crescimento natural da Fundação, tanto em termos de espaço físico quanto de alcance cultural. Construído num período recorde de 18 meses, este edifício, celebrado pela crítica internacional como uma obra-prima da arquitetura contemporânea, e prestando uma merecida homenagem ao seu autor, Álvaro Siza, um dos nomes maiores da arquitetura mundial, aumentou em 50% a área expositiva do Museu, oferecendo um espaço único para a apresentação permanente da Coleção de Serralves, aqui exibida de forma dinâmica em exposições que se sucedem, explorando múltiplas narrativas e diálogos entre artistas de diferentes gerações e geografias. A
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