PLANO DE ATIVIDADES 2025

nova Ala aumentou também em 75% a área de reservas e arquivos, ampliando o potencial de Serralves para atrair novos espólios artísticos de impacto internacional, o que se tem vindo efetivamente a concretizar. A Coleção de Serralves consolidou-se nos últimos anos como um eixo central de atuação da Fundação e é hoje um dos mais importantes acervos de arte contemporânea da Europa. Composta por mais de cinco mil e quinhentas obras – cerca de metade propriedade de Serralves e as restantes provenientes de depósitos de longa duração de coleções públicas e privadas –, reflete a riqueza e a diversidade da arte contemporânea nacional e internacional. A estratégia de expansão da Coleção, tanto através de aquisições como de depósitos e doações, resultou na incorporação de obras de arte e arquivos avaliados em cerca de 130 milhões de euros nos últimos nove anos. Aqui se destaca a Coleção Miró, a Coleção Leal Rios, a Coleção do Banco Privado Português, a Coleção Mário Teixeira da Silva e a Coleção Duerckheim, assim como os arquivos de figuras destacadas como Álvaro Siza, Julião Sarmento, António Mendes, Fernando Guerra e Vera Mantero. Serralves detém também uma das mais significativas coleções de livros e edições de artista da Europa, que conta atualmente com cerca de seis mil obras, complementada por outros acervos de elevado valor cultural que têm vindo a ser acrescentados. Além das já referidas exposições em Serralves, a Coleção tem mantido uma presença ativa em todo o território nacional, com mais de 230 apresentações realizadas por todo o país em parceria com municípios fundadores e outras instituições, o que corresponde a uma média de 25 exposições anuais. Estas itinerâncias reforçam a missão de Serralves de democratizar o acesso à arte, tornando a Coleção amplamente acessível a públicos cada vez mais diversos. Com a nova Ala, também a arquitetura se tem vindo a afirmar ainda mais como um eixo estratégico de atuação da Fundação, reforçando de forma crescente o protagonismo que ganhou a partir de 2016, com a doação do Arquivo Álvaro Siza. Este compromisso reflete-se na ampliação e conservação do património, tanto paisagístico como edificado, na organização de exposições, debates e conferências dedicados à arquitetura, na implementação de um calendário regular de visitas temáticas, no crescente investimento no tratamento e disponibilização de arquivos, na publicação de obras de referência e no reforço de parcerias institucionais nacionais e internacionais. Nos últimos anos, Serralves destacou-se também pela apresentação de grandes exposições dedicadas a alguns dos mais reconhecidos artistas do mundo como Yayoi Kusama, Ai Weiwei, Olafur Eliasson, Anish Kapoor, Mark Bradford, Louise Bourgeois, Cindy Sherman, Alexander Calder, Wolfgang Tillmans, Yoko Ono, Dan Graham, Arthur Jafa, Julie Mehretu, Joan Jonas e, claro, Joan Miró. Mas também de grandes nomes portugueses como Paula Rego, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Lourdes Castro, Carla Filipe, Álvaro Siza, Cabrita, Rui Chafes, Francisco Tropa, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Álvaro Lapa, Jorge Pinheiro, entre muitos. Simultaneamente, o Museu apostou também na divulgação de artistas emergentes, portugueses e estrangeiros, como Sara Bichão, André Romão, António Júlio Duarte, Miguel Marquês, Vera Mota, Gonçalo Pena, Horácio Frutuoso, Mariana Caló e Francisco Queimadela, David Douard, Korakrit Arunanondchai, Martine Syms, Nora Turato ou Haegue Yang. Este equilíbrio na programação – que combina artistas consagrados com jovens artistas e propostas experimentais – reflete a missão de Serralves de promover a diversidade e assegurar a relevância geracional. O depósito em Serralves da Coleção Miró, composta por 85 obras de um dos maiores génios da arte do século XX, representa outro momento de enorme significado para a Fundação. Cedido pelo Estado Português ao Município do Porto e confiado à gestão de Serralves em 2019, num protocolo por um período de 25 anos renovável, este extraordinário conjunto de pinturas, esculturas, desenhos,

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